Efeito da adição de zeólita e vermiculita na lixiviação de potássio do solo

Autores

  • Luis Fernando Wu Universidade Federal de São Paulo; Instituto de Ciências Ambientais, Químicas e Farmacêuticas
  • Mirian Chieko Shinzato Universidade Federal de São Paulo; Instituto de Ciências Ambientais, Químicas e Farmacêuticas
  • Sandra Andrade Universidade de São Paulo; Instituto de Geociências
  • José Guilherme Franchi Universidade Federal de São Paulo; Instituto de Ciências Ambientais, Químicas e Farmacêuticas
  • Vanessa da Silva Andrade Universidade Federal de São Paulo; Instituto de Ciências Ambientais, Químicas e Farmacêuticas

DOI:

https://doi.org/10.5935/0100-929X.20130004

Palavras-chave:

Potássio, lixiviação, Latossolo Vermelho, zeólita, vermiculita.

Resumo

Este trabalho teve o objetivo de estudar a lixiviação do potássio (K+) adicionado em um solo (Latossolo Vermelho) e avaliar a eficiência de retenção desse íon com a adição de minerais com elevada capacidade de troca catiônica (CTC), como vermiculita e zeólita. Amostras de Latossolo Vermelho coletadas em Araraquara (SP) foram caracterizadas física, química e mineralogicamente. O solo possui textura argilosa, baixa acidez e é pobre em nutrientes e em minerais fontes de K+. A lixiviação de potássio nesse solo foi avaliada a partir de dois testes: (1) lixiviação de K+ em colunas preenchidas com solos, na presença de vermiculita ou zeólita e (2) incubação de solos com vermiculita e zeólita durante 30 dias para verificar a interação desses minerais com o K+ adicionado ao meio, na presença/ausência de Ca2+ (na forma de CaCO3). Os testes de lixiviação em colunas revelaram que a textura e a mineralogia do solo desempenham importante papel na retenção de K+, promovendo a rápida transferência de sua fase solúvel para a fase trocável. O latossolo perdeu, em média, somente 2% do total de K+ adicionado ao sistema e esse valor decresce para 1,6% na presença de vermiculita e 1,2% com zeólita. Nos testes de incubação também se observou que o K+ solúvel introduzido no meio é logo transferido para a fase trocável e a introdução de vermiculita e zeólita aumenta a taxa de sua retenção no solo. A presença de cálcio no meio, no entanto, não favorece a retenção de K+ pela vermiculita - que prefere reter cátions de maior valência como o Ca2+. O mesmo não acontece com a zeólita, cujos sítios de troca preferem cátions de menor valência como o K+. De forma geral, verificou-se que a adição de minerais com elevada CTC aumenta a disponibilidade de K+ na fase fixa, que pode servir de reserva desse íon, e ainda diminui a perda por lixiviação desse nutriente no solo.

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Publicado

2013-06-01

Edição

Seção

não definida