Sedimentologia dos depósitos cenozóicos continentais do Baixo Vale do Rio Ribeira do Iguape, SP

Autores

  • Maria Cristina de Moraes Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo
  • Sandra Garcia Gabas Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo
  • Mário Sérgio de Melo Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo
  • Luiz Alberto Fernandes Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo
  • Armando Márcio Coimbra Universidade de São Paulo; Instituto de Geociências

DOI:

https://doi.org/10.5935/0100-929X.19910003

Resumo

Estudos recentes conduziram à redefinição da Formação Pariqüera-Açu (Terciário continental do baixo Ribeira do Iguape), dividindo-a nas seguintes unidades independentes entre si: Formação Sete Barras, Formação Pariqüera-Açu, cascalhos em nível topográfico superior de terraços, cascalhos em nível intermediário de terraços e depósitos colúvio-aluviais. Esta subdivisão baseou-se em critérios litológicos, relações estratigráficas, distribuição em área e relações com feições tectônicas e geomorfológicas. Neste artigo são apresentados os principais dados sedimentológicos (análises granulométricas, minerais pesados e minerais de argila) que apoiaram a redefinição da Formação Pariqüera-Açu e a interpretação da evolução tectono-sedimentar cenozóica da área. Eles permitiram interpretar os processos envolvidos na sedimentação dos depósitos: somente tração para os cascalhos dos dois níveis de terraços; tração, fluxos densos (corridas de lamas) e suspensão para todas as outras unidades. Mostraram que a maior imaturidade mineralógica é apresentada justamente pelos cascalhos. Mostraram também que argilas esmectíticas ocorrem somente em sedimentos da Formação Sete Barras. Estes resultados subsidiaram a interpretação dos sistemas deposicionais envolvidos na sedimentação e forneceram indícios sobre o clima reinante à época

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Publicado

1991-12-01

Edição

Seção

não definida