1978 – 2018, Os 40 anos da primeira experiência de aplicação da cartografia geomorfológica francesa de detalhe na zona tropical úmida brasileira: histórico, princípios da legenda, mudanças e sua difusão no país
DOI:
https://doi.org/10.33958/revig.v41i1.684Palabras clave:
RCP.77; Cartografia geomorfológica de detalhe; Legenda francesa; Formações superficiais; Mapeamento geomorfológico.Resumen
A cartografia geomorfológica francesa de detalhe (RCP.77) foi aplicada pioneira-mente no Brasil em 1978, ano em que foram publicadas as cartas geomorfológicas do Vale do Rio do Peixe em Marília – SP (1:100.000), São Pedro – SP (1:50.000) e Carste de Lagoa Santa – MG (1:50.000) e a Carta do Modelado e das Formações Superficiais do Médio Vale do Rio Parateí – SP (1:25.000). Caracterizada pelo detalhamento na representação das formas, inclusive nos mapas de escala média, essa legenda é dividida em itens morfogenéticos, os quais associam o relevo aos processos responsáveis pela sua formação. Muitas adaptações têm sido realizadas na legenda desde 1978, em função dos objetivos dos trabalhos, dos materiais disponíveis para a realização das pesquisas e das condições climáticas da zona tropical úmida brasileira, bastante diferentes daquelas do território francês, onde a legenda foi idealizada. Infelizmente, a difusão desta legenda no Brasil ficou restrita aos pesquisadores que passaram pelo Laboratório de Pedologia, ou por pessoas influenciadas por eles. Isso se deu provavelmente pela dificuldade de leitura e elaboração desses mapas, pouca disponibilidade de bases cartográficas e fotografias aéreas de escala média e grande necessárias à realização desses mapeamentos, falta de estudos detalhados sobre a gênese das formas e concorrência com outras legendas de aplicação mais simples. As novas técnicas de sensoriamento remoto e de estudos das formações superficiais abrem novas possibilidades para o uso da legenda.
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