Nitrato em águas subterrâneas do Estado de São Paulo

Autores/as

  • Marcia Regina Stradioto
  • Elias Hideo Teramoto
  • Hung Kiang Chang

DOI:

https://doi.org/10.33958/revig.v40i3.672

Palabras clave:

Contaminação por nitrato; Águas subterrâneas; Qualidade de águas subterrâneas; Sistema aquífero; Contaminação em áreas urbanas

Resumen

A utilização de águas subterrâneas vem sendo incrementada na mesma proporção em que se observa a deterioração de sua qualidade, com a consequente perda de sua potabilidade. Dentre os agentes que contribuem para a perda de potabilidade dessas águas destaca-se o nitrato, que constitui o contaminante mais comum de águas subterrâneas, notadamente em regiões urbanas. Em razão da elevada solubilidade e estabilidade química do nitrato, a contaminação pode abranger grandes extensões. A principal fonte de contaminação por nitrato é o esgoto doméstico, particularmente onde o saneamento básico é incipiente ou a manutenção da rede de esgoto é insuficiente para prevenir o vazamento de volumes expressivos de esgoto em subsuperfície. Foram analisadas 840 amostras de águas subterrâneas, provenientes dos principais sistemas aquíferos (Cristalino, Tubarão, Guarani, Serra Geral, Bauru e Taubaté) distribuídos pelo território paulista, com vistas a apresentar um diagnóstico detalhado da contaminação por nitrato no estado. Os resultados foram comparados com o padrão de potabilidade estabelecido pela Portaria de Consolidação n°5/2017 do Ministério da Saúde e com o Valor de Prevenção estabelecido pela CETESB no documento “Qualidade das Águas Subterrâneas no Estado de São Paulo - 2016-2018”. Das amostras analisadas, 70 (8,4%) ultrapassam o valor máximo permitido pela Portaria e 159 (18,9%) estão acima do valor de prevenção. Observa-se que o Sistema Aquífero Bauru é o mais impactado pela contaminação por nitrato, em razão de sua ampla extensão, sua natureza aflorante e grande número de poços que extraem água deste sistema. Na condição oposta, o Sistema Aquífero Guarani é o menos impactado, uma vez que a maior parte deste sistema está confinado, impedindo o ingresso de contaminação oriunda da superfície.

Publicado

2019-12-31

Número

Sección

Artigos