Caracterização das rochas da Formação Estrada Nova como matéria-prima cerâmica no Estado de São Paulo, Brasil

Autores/as

  • Sergio Ricardo Christofoletti
  • Rogers Raphael da Rocha

DOI:

https://doi.org/10.5935/0100-929X.20180002

Palabras clave:

Formação Estrada Nova, Cerâmica, Granulometria, Litofácies, Matéria-prima

Resumen

O presente artigo tem como objetivo estudar as características geológicas e tecnológicas das rochas argilosas da Formação Estrada Nova na região sudoeste do Estado de São Paulo, a fim de buscar novas matérias-primas para a indústria de revestimentos cerâmicos. Os estudos desenvolvidos mostraram que as rochas das diversas litofácies da Formação Estrada Nova, essencialmente constituídas por folhelhos e siltitos, quando submetidas à queima na temperatura de 950 °C adquirem características para serem utilizadas na produção de revestimentos porosos e na cerâmica estrutural. Em condições laboratoriais e industriais, nas temperaturas de 1120 e 1040 °C, algumas amostras das litofácies maciça e laminada apresentaram resultados satisfatórios para uso na produção de revestimento cerâmico pelo processo via seca, ou para incorporação na composição de massa para a produção de porcelanatos. As litofácies basais (maciça e laminada) são constituídas por partículas com curvas de frequência de tamanho mais homogêneas, enquanto as litofácies superiores (intercalada e arenosa) apresentam maior variação de tamanho de partículas. A homogeneidade da distribuição de tamanho das partículas encontrada nas amostras da litofácies maciça favoreceu o processo de moagem via seca, facilitando as etapas de densificação do produto. A presença mais elevada do CaCO3 no Membro Teresina em relação ao Membro Serra Alta ocasionou aumento de defeitos e queda na resistência mecânica. Nas amostras da litofácies folhelho síltico laminado (Membro Serra Alta), os altos valores de Perda ao Fogo aliados a baixos valores de CaCO3 evidenciam uma presença elevada de matéria orgânica, que resultou no inchaço dos corpos de prova devida a liberação de gases no seu interior, o que sugere uso destas como argilas expansivas.

Publicado

2018-07-10

Número

Sección

RIG050