Mamíferos fósseis do limite Pleistoceno/Holoceno do estado de Goiás

Autores/as

  • Pedro Oliveira Paulo Departamento do Curso de Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Goiás
  • Reinaldo José Bertini Departamento de Geologia Aplicada, Instituto de Geociências e Ciências Exatas, UNESP

DOI:

https://doi.org/10.5935/0100-929X.20150008

Palabras clave:

Mamíferos fósseis, Pleistoceno/Holoceno, Quaternário, Goiás, Megafauna.

Resumen

Embora o estado de Goiás possua significativas áreas de depósitos sedimentares potencialmente fossilíferas, registros de vertebrados fósseis foram pouco explorados até agora, especialmente os mamíferos. Esta contribuição compila as ocorrências de mamíferos fósseis e subfósseis pleistocênicos e holocênicos de Goiás a partir da bibliografia disponível e dos materiais depositados em coleções brasileiras. Expressivas coberturas superficiais pleistocênicas ocorrem nos interflúvios dos principais rios. Nesse contexto, nos municípios de Goiânia e Niquelândia foi registrada uma quantidade expressiva de restos atribuíveis à Megafauna Pleistocênica. Em cavernas de Goiás foi encontrada uma grande diversidade de vertebrados, com destaque para as famílias Didelphidae, Dasypodidae, Phyllostomidae, Natalidae, Vespertilionidae, Procyonidae, Tayassuidae, Cervidae, Cuniculidae, Dasyproctidae, Echimyidae e Cricetidae, além de restos indeterminados de Chiroptera. Adicionalmente, estudos arqueológicos conduzidos na região do município de Serranópolis forneceram expressiva variedade biótica com representantes de peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos do Neo-Pleistoceno/Eo-Holoceno. Nesse âmbito encontram-se representantes das famílias Felidae, Canidae, Mustelidae, Mephitidae, Myrmecophagidae, Hydrochoeridae, Erethizontidae, Caviidae, Atelidae, Cebidae e Tapiridae. Esta contribuição evidencia o potencial fossilífero do rico e variado registro pleistocênico-holocênico no estado de Goiás para fornecer importantes informações paleobiogeográficas, paleoambientais e paleoclimáticas, que permitirão conhecer melhor a evolução do bioma Cerrado e sua paleomastofauna. 

Publicado

2016-12-22

Número

Sección

RIG050