Análise temporal da relação entre o uso da terra e a morfologia do terreno em áreas urbanas: bacias dos ribeirões Guacuri e Apurus, represa Billings (SP)
DOI:
https://doi.org/10.5935/0100-929X.20150006Palabras clave:
Antropogeomorfologia, Uso da terra, Represa Billings, Unidades morfológicas, Expansão urbana.Resumen
O trabalho teve por objetivo efetuar a análise temporal da relação entre o uso da terra e a morfologia do terreno, nas bacias dos ribeirões Guacuri e Apurus, margem direita do reservatório Billings, Região Metropolitana de São Paulo. Para se atingir esse objetivo foram feitas correlações entre parâmetros morfológicos (hipsometria, declividade, unidades morfológicas) e o uso da terra das bacias no período de 1962 a 2001. Observou-se ao longo do período a crescente ocupação pelas Autoconstruções das áreas de risco, caracterizadas pelas vertentes côncavas com maior declividade, enquanto as Habitações Planejadas ocuparam áreas de baixa declividade (topos convexos e colos). As atividades antrópicas promoveram mudanças na morfologia original (cortes e aterros), que modificaram a dinâmica geomorfológica tanto em superfície quanto em subsuperfície, provocando a intensificação dos fluxos superficiais, exposição de material antes protegido pela cobertura vegetal às intempéries, diminuição das taxas de infiltração do solo entre outros. A partir das correlações, foi possível identificar três estágios sucessivos de desenvolvimento urbano. O período suburbano retratado em 1962 ilustra as condições mais próximas do quadro natural, quando ainda predominava a cobertura vegetal e a intervenção na morfologia do relevo era baixa. Entre 1962 e 1994, o “período de construção” caracteriza-se pelo predomínio das superfícies em exposição. Por fim, o “período urbano desenvolvido” (1994 a 2001) caracteriza-se pela diminuição da cobertura vegetal e das superfícies em exposição, que deram lugar ao aumento e a consolidação da ocupação urbana.
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