Análise paleopalinológica do albiano na Bacia de Campos
DOI:
https://doi.org/10.5935/0100-929X.20150003Palabras clave:
Palinologia, Bacia de Campos, Dinoflagelados, Albiano.Resumen
O presente trabalho teve como objetivo identificar os conjuntos palinológicos marinhos e continentais da Bacia de Campos e analisar a sua distribuição ao longo das seções geológicas, a fim de testar modelos paleoambientais e paleobiogeográficos. O material palinológico estudado é proveniente dos poços Bonito e Pampo, Albiano, Grupo Macaé. Os grãos de pólen gimnospérmicos Classopollis classoides, Gnetaceapollenites spp. e Equisetosporites spp., todos de caráter xeromórfico, têm alta freqüência no material analisado. As espécies de dinoflagelados mais abundantes foram as cosmopolitas Spiniferites ramosus, Odontochitina operculata e Trichodinium castanea. Quatro espécies de dinoflagelados tipicamente tetianas (Codoniella campanulata, Cyclonephelium vannophorum, Endoceratium dettmanniae e Tehamadinium mazaganense) foram identificadas. Constatou-se aumento na proporção de elementos continentais nos estratos correspondentes ao final do Albiano, concomitantemente à passagem de uma litologia carbonática para uma outra composta por folhelhos e margas. Houve aumento na riqueza de palinomorfos marinhos - da base para o topo - nas seções estudadas, passando de uma biota com baixa diversidade - dominada por palinoforaminíferos - para outra biota mais diversa e com diferentes espécies de dinoflagelados. A integração dos dados micropaleontológicos permite inferir que durante o estabelecimento do Oceano Atlântico Sul a Bacia de Campos recebeu águas provenientes do Mar de Tétis, fato que refuta o modelo clássico da entrada de águas austrais acompanhando a abertura tectónica de sul para norte.Descargas
Publicado
2015-06-01
Número
Sección
RIG050
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