Análise paleopalinológica do albiano na Bacia de Campos

Autores/as

  • Clara Rodrigues Nascimento Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho; Instituto de Geociências e Ciências Exatas; Centro de Geociências Aplicadas ao Petróleo
  • José Alexandre de Jesus Perinotto Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho; Instituto de Geociências e Ciências Exatas; Departamento de Geologia Aplicada
  • Mitsuru Arai Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho; Instituto de Geociências e Ciências Exatas; Centro de Geociências Aplicadas ao Petróleo

DOI:

https://doi.org/10.5935/0100-929X.20150003

Palabras clave:

Palinologia, Bacia de Campos, Dinoflagelados, Albiano.

Resumen

O presente trabalho teve como objetivo identificar os conjuntos palinológicos marinhos e continentais da Bacia de Campos e analisar a sua distribuição ao longo das seções geológicas, a fim de testar modelos paleoambientais e paleobiogeográficos. O material palinológico estudado é proveniente dos poços Bonito e Pampo, Albiano, Grupo Macaé. Os grãos de pólen gimnospérmicos Classopollis classoides, Gnetaceapollenites spp. e Equisetosporites spp., todos de caráter xeromórfico, têm alta freqüência no material analisado. As espécies de dinoflagelados mais abundantes foram as cosmopolitas Spiniferites ramosus, Odontochitina operculata e Trichodinium castanea. Quatro espécies de dinoflagelados tipicamente tetianas (Codoniella campanulata, Cyclonephelium vannophorum, Endoceratium dettmanniae e Tehamadinium mazaganense) foram identificadas. Constatou-se aumento na proporção de elementos continentais nos estratos correspondentes ao final do Albiano, concomitantemente à passagem de uma litologia carbonática para uma outra composta por folhelhos e margas. Houve aumento na riqueza de palinomorfos marinhos - da base para o topo - nas seções estudadas, passando de uma biota com baixa diversidade - dominada por palinoforaminíferos - para outra biota mais diversa e com diferentes espécies de dinoflagelados. A integração dos dados micropaleontológicos permite inferir que durante o estabelecimento do Oceano Atlântico Sul a Bacia de Campos recebeu águas provenientes do Mar de Tétis, fato que refuta o modelo clássico da entrada de águas austrais acompanhando a abertura tectónica de sul para norte.

Publicado

2015-06-01

Número

Sección

RIG050