Padrões de cobertura e uso da terra e sua influência na temperatura do ar em Rio Claro, SP

Autores/as

  • Gustavo Armani Secretaria de Estado de Meio Ambiente/SP; Instituto Geológico
  • Carolina Leocádio Pereira Secretaria de Estado de Meio Ambiente/SP; Instituto Geológico
  • Sérgio Ricardo Christofoletti Secretaria de Estado do Meio Ambiente de São Paulo; Instituto Florestal

DOI:

https://doi.org/10.5935/0100-929X.20150001

Palabras clave:

Cobertura e uso da terra, Temperatura do ar, Clima urbano, Rio Claro.

Resumen

A modificação dos padrões de cobertura e uso da terra de um determinado lugar resulta em alterações na temperatura do ar. A partir desta premissa, este trabalho teve como objetivo analisar os gradientes de temperatura do ar entre cinco locais com diferentes padrões de cobertura e uso da terra, situados na Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade (FEENA), Rio Claro (SP), e na área urbana do mesmo município. A temperatura do ar foi amostrada a cada 30 min por meio de registradores digitais autônomos, entre setembro de 2010 e agosto de 2011 em cinco padrões de ocupação da terra: 1) floresta de árvores nativas, 2) reflorestamento de eucalipto com sub-bosque de árvores nativas, 3) reflorestamento de eucalipto, 4) áreaurbana mista industrial, comercial e residencial, 5) área urbana residencial e comercial. Com os dados consistidos foram realizadas análises estatísticas de posição, dispersão, regressão/correlação e de séries temporais. Estes resultados foram organizados em tabelas, gráficos e diagramas temporo-espaciais para revelar a estrutura térmica e suas relações com os padrões de cobertura e uso da terra. Os padrões de ocupação com características urbanas apresentam maior diferença térmica em relação à floresta de árvores nativas, com desvios médios de 1,7 ºC no outono e primavera, e de 2,0 ºC no verão e inverno. A baixa variação altimétrica entre os postos da FEENA foi suficiente para mascarar em vários casos a influência das diferenças de vegetação, indicando que o efeito topoclimático se sobrepôs ao microclimático sob determinados tipos de tempo. Na área urbana o efeito topoclimático não foi suficientemente forte para atenuar a influência da mudança da cobertura e uso da terra e da energia dissipada pela dinâmica urbana. Essa influência pôde ser percebida pelas diferenças nas amplitudes térmicas, desvios em relação à temperatura da floresta de árvores nativas e pela modificação do ritmo térmico relacionada à dissipação de calor proveniente das atividades humanas (ciclo de sete dias).

Publicado

2015-06-01

Número

Sección

RIG050