Reflexões sobre a gênese da serra geral e da depressão periférica paulista: o exemplo da região da Serra de São Pedro e do baixo Piracicaba, SP

Autores/as

  • Marcos Roberto Pinheiro USP; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas; Departamento de Geografia; Laboratório de Pedologia
  • José Pereira de Queiroz Neto USP; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas; Departamento de Geografia; Laboratório de Pedologia

DOI:

https://doi.org/10.5935/0100-929X.20140004

Palabras clave:

Serra de São Pedro, Depressão Periférica Paulista, Cuesta, Geomorfologia.

Resumen

A gênese da Serra Geral e da Depressão Periférica Paulista consiste em um problema fundamental do relevo paulista e embora seja alvo de estudos desde a década de 20 do século passado, sua resolução ainda permanece longe de qualquer consenso. As pesquisas destacam os condicionantes erosivos e tectônicos na formação dessas áreas, porém algumas das hipóteses levantadas apresentam pouca sustentação frente aos estudos atuais. Este trabalho analisa a pertinência de uma hipótese sobre a gênese da Serra de São Pedro, nome regional da Serra Geral, no contexto da formação da Serra Geral como um todo. Os resultados apontam para a hipótese clássica da origem erosiva da Serra de São Pedro a partir da escavação da Depressão Periférica Paulista pela rede hidrográfica instalada nas grandes linhas estruturais antigas reativadas com a fragmentação gondwânica. O início da escavação da depressão e a formação de uma proto-escarpa da Serra de São Pedro teriam acontecido entre o Paleoceno e o Eoceno num clima úmido, após a deposição da Formação Itaqueri e do estabelecimento da Superfície das Cristas Médias, tendo sido a configuração geomorfológica dessas áreas modificada pela atividade neotectônica. Nesse contexto, estaria confirmada a proposta de Margarida Penteado que, nesse cenário de gênese híbrida entre erosão e tectônica, classificou a área como uma cuesta complexa.

Publicado

2014-06-01

Número

Sección

RIG050