Técnicas aerofotogramétricas digitais aplicadas ao estudo da erosão

Autores/as

  • Marcos Roberto Pinheiro Laboratório de Pedologia, Departamento de Geografia, Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo
  • Igor André Cubateli Redivo Departamento de Informações Ambientais – DIA, Coordenadoria de Planejamento Ambiental – CPLA, Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.5935/0100-929X.20160004

Palabras clave:

Aerofotogrametria digital, Erosão, Fotografias aéreas, Fotogrametria, Erosão linear.

Resumen

As fotografias aéreas são um dos produtos de sensoriamento remoto mais utilizados nos estudos de erosão, porém a medição direta de feições erosivas lineares sobre as fotos não é adequado, devido aos problemas geométricos inerentes a estas. Nesse contexto, este trabalho apresenta um exemplo de aplicação de uma técnica mais precisa para o estudo da erosão a partir de fotos aéreas, a aerofotogrametria digital. Esta foi empregada na análise da evolução temporal (1962 a 2006) de ravinas e voçorocas da bacia do Querosene (São Pedro/SP, sudeste do Brasil). O estudo foi realizado por meio de uma estação fotogramétrica constituída de um notebook, o software DVP e um estereoscópio de espelhos próprio para o uso no computador. Para a correção da geometria das fotos (1962: 1:25.000; 1978: 1.35.000; 1995: 1:25.000; 2006: 1:30.000) foram usados os parâmetros técnicos das câmeras utilizadas nos aerolevantamentos, coordenadas obtidas em cartas planialtimétricas (1:10.000) e um modelo digital de terreno elaborado a partir destas cartas base. Os resultados mostraram o grande potencial da aerofotogrametria digital para visualizar e representar mais precisamente as formas de relevo e as feições erosivas, inclusive de pequenas dimensões, como sulcos e trilhas de pisoteio. Além disso, a medição das dimensões das feições erosivas lineares de 1962 até 2006 permitiu entender a sua evolução temporal e calcular seu ritmo de expansão. O método mostrou-se eficiente não apenas para o estudo da erosão, como também para o mapeamento geomorfológico. 

Publicado

2016-12-23

Número

Sección

RIG050