Bioestratigrafia baseada em foraminíferos do sopé continental do litoral norte do Estado da Bahia, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.5935/0100-929X.20120008Palabras clave:
Quaternário, Sopé continental, Foraminíferos, Bioestratigrafia.Resumen
O período Quaternário é caracterizado por grandes mudanças climáticas, amplamente registradas nas bacias oceânicas devido à sedimentação contínua e lenta. Considerando esta condição, o presente trabalho analisa a distribuição vertical da microfauna de foraminíferos ao longo do testemunho REG-114, coletado no sopé do assoalho oceânico ao largo do litoral norte do Estado da Bahia, e apresenta os resultados de análises bioestratigráficas a partir do estudo das assembleias desses organismos. O referido testemunho foi coletado na profundidade de 2.640 m em 2008. Em laboratório, foi possível extrair oito amostras, em intervalos de 20 cm, que foram tratadas segundo metodologia padrão para sedimentos carbonáticos. Em todas as amostras a fração mais abundante foi argila (>; 75%). Ao longo da coluna sedimentar foram identificadas 63 espécies de foraminíferos, distribuídas em 35 gêneros, sendo 28 bentônicas e 7 planctônicas. As principais espécies encontradas foram: Globigerinoides ruber (43,96%), G. trilobus (11,42%), G. elongatus (11,33%), Globigerina bulloides (6,58%), Globigerinoides saculifer (6,04%) e Globorotalia trucatulinoides (5,21%). De acordo com as flutuações das espécies planctônicas foi possível identificar duas Zonas bioestratigráficas (Zonas Y e Z) e duas Subzonas (Subzonas Y2 e Y1). O limite entre estas subzonas foi estabelecido pelo decréscimo das espécies Globorotalia trucatulinoides e G. crassaformis, características de água fria, e o aumento da espécie Globigerinoides saculifer, típica de água quente, indicando o aquecimento abrupto da massa d'água. Associado a isso, a distribuição de espécies planctônicas, com porcentagens >; 90%, indica que não houve remobilização de sedimentos no fundo oceânico, confirmando a estabilidade ambiental nesta região, caracterizada por baixo aporte sedimentar.Descargas
Publicado
2012-12-01
Número
Sección
RIG050
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