Descrição de um espécime juvenil de Baurusuchidae (Crocodyliformes: Mesoeucrocodylia) do Grupo Bauru (Neocretáceo): considerações preliminares sobre ontogenia
DOI:
https://doi.org/10.5935/0100-929X.20120007Palabras clave:
Neocretáceo, Baurusuchus, Grupo Bauru, Crocodyliformes.Resumen
Entre os táxons de Crocodyliformes do Grupo Bauru (Neocretáceo), grande quantidade de morfótipos, incluindo materiais cranianos e pós-cranianos, vem sendo descrita em associação a Baurusuchus pachecoi. Porém, a falta de estudos ontogenéticos, como os realizados para Mariliasuchus amarali, levou à atribuição de novos gêneros e espécies aos poucos crânios completos encontrados. A presente contribuição traz a descrição de um espécime juvenil de Baurusuchidae depositado no acervo do Museu de Ciências da Terra no Rio de Janeiro sob o número MCT 1724 - R. Trata-se de um rostro e mandíbula associados e em oclusão, com o lado esquerdo melhor preservado que o direito, e dentição zifodonte extremamente reduzida. O fóssil possui 125,3 mm de comprimento preservado da porção anterior do pré-maxilar até a extremidade posterior do dentário; 117,5 mm de comprimento preservado do pré-maxilar aos palatinos e altura lateral de 51,4 mm. Entre as informações de caráter ontogenético identificadas destacam-se: ornamentação suave composta de estrias vermiformes muito espaçadas e largas, linha ventral do maxilar mais reta, dentário levemente inclinado dorsalmente na porção mediana e sínfise mandibular menos vertical que em outros baurussúquidos de tamanho maior. A maioria das características rostrais e dentárias, diagnósticas para Baurusuchus pachecoi, foi identificada no exemplar MCT 1724 - R: rostro alto e comprimido lateralmente, além de dentição zifodonte com forte redução dentária, que culmina em quatro dentes pré-maxilares e cinco maxilares. Portanto, como não pode ser separado morfologicamente da espécie-tipo do gênero e tendo sido encontrado em afloramentos da Formação Adamantina, é possível identificá-lo como um juvenil de Baurusuchus cf. pachecoi. Mudanças que podem ser observadas gradualmente dos morfótipos menores para os maiores, de caráter ontogenético, são: um aumento da ornamentação craniana; a porção mediana/posterior da linha ventral do maxilar passando de reta para côncava; e a verticalização da linha da sínfise mandibular para próximo de 45º.Descargas
Publicado
2012-12-01
Número
Sección
RIG050
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