Acritarcos (grupo acritarcha evitt 1963): conceitos gerais, aplicações e importância na análise estratigráfica do intervalo pennsilvaniano e permiano da Bacia do Paraná

Autores/as

  • Cristina Moreira Félix Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Instituto de Geociências; Laboratório de Palinologia Marleni Marques Toigo
  • Paulo Alves de Souza Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Instituto de Geociências; Laboratório de Palinologia Marleni Marques Toigo

DOI:

https://doi.org/10.5935/0100-929X.20120005

Palabras clave:

Palinologia, Paleozóico Superior, fitoplâncton, Bacia do Paraná, Gondwana.

Resumen

Embora constituam palinomorfos de natureza biológica incerta, os acritarcos são comumente utilizados para fins bioestratigráficos e de interpretação paleoambiental, principalmente para os depósitos de idade entre o Cambriano e o Devoniano. Este trabalho apresenta uma revisão atualizada sobre os aspectos morfológicos, classificação, distribuição estratigráfica e aplicações dos microfósseis de parede orgânica alocados neste grupo no âmbito das Geociências. Registros brasileiros são exemplificados, principalmente de bacias intracratônicas paleozoicas, com destaque para os depósitos pennsilvanianos e permianos da Bacia do Paraná. Como principais resultados obtidos para este intervalo na bacia, destacam-se: (i) muitos dos táxons identificados como acritarcos possivelmente têm parentesco com algas prasinofíceas e zignematáceas e (ii) a constatação de intervalos com associações abundantes em espécimes atribuídos aos gêneros Micrhystridium e Veryhachium, corroborando in terpretações prévias sobre um marco estratigráfico permiano de natureza marinha, incluindo depósitos da porção superior da Formação Palermo à porção mais inferior da Formação Irati. A revisão taxonômica revela um período de declínio acentuado da diversidade de espécies (blackout fitoplanctônico) para o Carbonífero e Permiano em nível mundial, principalmente considerando a riqueza em nível genérico, muito menor que aquela observada para os depósitos pré-carboníferos no Brasil e em outras partes do mundo.

Publicado

2012-06-01

Número

Sección

RIG050