Nitrato nas águas subterrâneas do Sistema Aquífero Bauru, área urbana do Município de Marília (SP)

Autores/as

  • Claudia VARNIER Secretaria de Estado do Meio Ambiente de São Paulo; Instituto Geológico
  • Mara Akie IRITANI Secretaria de Estado do Meio Ambiente de São Paulo; Instituto Geológico
  • Maurício VIOTTI Secretaria de Estado do Meio Ambiente de São Paulo; Instituto Geológico
  • Geraldo Hideo ODA Secretaria de Estado do Meio Ambiente de São Paulo; Instituto Geológico
  • Luciana Martin Rodrigues FERREIRA Secretaria de Estado do Meio Ambiente de São Paulo; Instituto Geológico

DOI:

https://doi.org/10.5935/0100-929X.20100001

Palabras clave:

Sistema Aquífero Bauru, Nitrato, Água subterrânea, Ocupação urbana.

Resumen

O monitoramento das águas subterrâneas no Estado de São Paulo tem detectado concentrações anômalas de nitrato em amostras de água do Sistema Aquífero Bauru em poços tubulares situados nas áreas urbanas de inúmeros municípios do interior paulista. Diante deste cenário, o Instituto Geológico, juntamente com outras instituições, está desenvolvendo um projeto para avaliar as tendências de distribuição das concentrações desse contaminante nas águas subterrâneas, ao longo do tempo e espaço, frente aos padrões de ocupação urbana. Uma das áreas de estudo compreende a cidade de Marília, onde o Sistema Aquífero Bauru é representado pelos aquíferos Marília (superior) e Adamantina (inferior). As atividades realizadas compreenderam o cadastro de poços, tratamento estatístico dos dados hidroquímicos pré-existentes e avaliação entre possíveis relações das concentrações de nitrato observadas com a expansão urbana ao longo das últimas décadas. Os resultados obtidos indicaram que as maiores concentrações de nitrato (até 16,9 mg/L N-NO3-) ocorrem nas áreas com ocupação urbana mais antiga e em poços com profundidades até 150 m. Isto sugere que a contaminação está relacionada aos sistemas de esgotamento sanitário (fossas antigas e vazamentos na rede coletora de esgotos) e ocorre predominantemente no Aquífero Marília. As porções mais profundas deste aquífero são menos permeáveis devido à cimentação carbonática, o que limita a movimentação desse contaminante para o Aquífero Adamantina, evidenciado pela qualidade da água dos poços mais profundos, que apresentaram baixas concentrações de nitrato, em geral, inferiores a 3,0 mg/L N-NO3-.

Publicado

2010-01-01

Número

Sección

RIG050