Análise temporal das internações por gripe e pneumonia associadas às variáveis meteorológicas no Município de São Paulo, SP

Autores/as

  • Marina Jorge de Miranda Coordenadoria de Vigilância em Saúde Ambiental (CGVAM), Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), Ministério da Saúde, prédio PO 700, 6º andar, Asa Norte, CEP 70719-040, Brasília, DF, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.5935/0100-929X.20160009

Palabras clave:

Morbidade, Gripe, Pneumonia, Climatologia urbana, Município de São Paulo

Resumen

Este estudo investigou a associação dos elementos meteorológicos (umidade relativa mínima e temperaturas máxima e mínima diárias) com as internações por morbidades respiratórias (pneumonia e gripe), registradas por meio das notificações hospitalares para todas as faixas-etárias da população paulistana, utilizando técnica estatística de regressão linear. A incidência de internação diária de pessoas com problemas respiratórios do Sistema Único de Saúde (SUS), especificamente com influenza (gripe) e pneumonia, foi correlacionada com dados meteorológicos diários da estação meteorológica do Instituto de Astronomia e Geofísica da Universidade de São Paulo (IAG/USP) no período de janeiro de 2002 a dezembro de 2005. Pelos gráficos anuais de todo o período estudado, observamos uma certa tendência do aumento das internações quando há aumento das temperaturas máximas e mínimas, e queda da umidade relativa mínima em até 7 dias antes dos picos de internação. No entanto, os resultados dos testes de regressão linear indicaram uma baixa correlação entre o número de hospitalizações por influenza e pneumonia para quase todo o período. Apenas entre os meses de julho e setembro de 2004 que apresentaram correlações moderadas, tendo em vista que 47% das internações por influenza e pneumonia estavam associadas ao aumento das temperaturas mínimas e 35% das temperaturas máximas, coincidentes com os períodos mais secos do ano de 2004. Entre 2002 e 2005, destaca-se que os grupos de populações mais vulneráveis são as crianças de até 4 anos de idade e os idosos a partir de 60 anos.

Publicado

2016-12-30

Número

Sección

RIG050