Análise morfométrica em neotectônica: o exemplo do Planalto de Campos do Jordão, SP

Autores

  • Silvio Takashi Hiruma SMA; Instituto Geológico
  • Claudio Riccomini Universidade de São Paulo; Instituto de Geociências

DOI:

https://doi.org/10.5935/0100-929X.19990001

Palavras-chave:

Morfometria, Modelo digital de terreno, Neotectônica, Planalto de Campos do Jordão.

Resumo

Mapas morfométricos e modelos digitais de terreno foram gerados utilizando-se técnicas de geoprocessamento com o intuito de subsidiar a análise neotectônica do Planalto de Campos do Jordão. Modelos digitais de terreno (MDT) permitiram uma visão global do relevo, realçando os diferentes níveis topográficos e as principais feições morfológicas, além de constituírem a base para a obtenção de parâmetros morfométricos. Mapas de sombreamento de relevo e de orientação de vertentes auxiliaram na identificação delineamentos morfoestruturais, em complemento à análise de sensores remotos. A análise de lineamentos morfoestruturais permitiu a identificação das seguintes direções principais: NE-SW/ENE-WSW, coerentes com a estruturação regional pré-cambriana, e N-S/NW-SE que refletem uma estruturação mais recente. Tais direções correspondem a falhas de reativação com componentes normais e transcorrentes relacionadas a diferentes regimes de esforços neotectônicos. Os mapas morfométricos, em conjunto com a análise estrutural, indicam um forte controle tectônico na organização da rede de drenagem e na compartimentação do planalto. A distribuição espacial da densidade de drenagem, rugosidade de relevo, gradientes hidráulicos e superficies de base permite a subdivisão do planalto em blocos menores, delimitados pelos principais lineamentos morfoestruturais. As técnicas mostraram-se adequadas para a identificação preliminar de áreas anômalas indicativas de controle neotectônico e podem ser adotadas em áreas onde dados geológicos e geomorfológicos básicos são escassos.

Downloads

Publicado

1999-12-01

Edição

Seção

não definida