Fácies sedimentares da Formação Rio Claro, neocenozóico da depressão periférica paulista

Autores/as

  • Mário Sérgio de Melo Universidade Estadual de Ponta Grossa
  • Armando Márcia Coimbra Universidade de São Paulo; Instituto de Geociências
  • Gláucia Cuchierato Universidade de São Paulo; Instituto de Geociências

DOI:

https://doi.org/10.5935/0100-929X.19970004

Resumen

Os dados das fácies sedimentares da Formação Rio Claro aqui apresentados resultam de pesquisa enfocando os depósitos neocenozóicos da porção centro-leste da Depressão Periférica Paulista, a qual objetivou a compreensão da evolução geológica da região. Os sedimentos neocenozóicos são delgados e descontínuos, sua interpretação e classificação requereram uma abordagem levando em conta, também, aspectos geomórficos (relações com níveis planálticos), além dos conceitos litoestratigráficos usuais. Foram identificados cinco níveis planálticos de extensão regional, sendo' que os dois mais elevados ocorrem somente nas províncias geomorfológicas do Planalto Atlântico e Cuestas Basálticas (limítrofes com a Depressão Periférica), e os três mais jovens e rebaixados ocorrem dentro dos limites da Depressão Periférica. A associação de depósitos rudáceos e couraças ferruginosas com estes níveis planálticos é sugestiva de que eles correspondam a pediplanos elaborados em fases de climas secos. A Formação Rio Claro foi reconhecida na área do platô de Rio Claro, onde é mais contínua, e na borda leste da Depressão Periférica, com ocorrências descontínuas; ocorre sobre os dois níveis planálticos principais que nivelam as colinas da região; é constituida por depósitos de sistema fluvial meandrante, formados sob clima úmido, agrupados em quatro litofácies principais: lamitos de processos gravitacionais; cascalhos e areias de canais e barras fluviais; areias finas de rompimento de diques marginais; e argilas de transbordamento em planície de inundação. Na área do platô de Rio Claro a sedimentação foi controlada pela reativação neocenozóica de falhas com movimentação vertical na estrutura de Pitanga, alto estrutural ativo durante o Mesozóico, situado a jusante do sítio deposicional. Nas ocorrências da borda leste da Depressão Periférica, a sedimentação está mais claramente associada com barramentos litológicos da drenagem (soleiras e diques de diabásio)

Publicado

1997-12-01

Número

Sección

RIG050