Revisão da litoestratigrafia da faixa São Roque/Serra do Itaberaba - SP

Autores/as

  • Caetano Juliani Universidade de São Paulo; Instituto de Geociências; Departamento de Mineralogia e Petrologia
  • Paulo Beljavskis Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.5935/0100-929X.19950003

Resumen

O grande número de publicações existentes sobre a geologia da Faixa São Roque/Serra do Itaberaba, que propõem ou se utilizam de diversas denominações litoestratigráficas, dificulta muitas vezes o entendimento da sua evolução geológica e de sua litoestratigrafia. Este trabalho visa à organização da nomenclatura e das propostas litoestratigráficas da Faixa e, para tanto, a maioria das publicações sobre o assunto foi revisada, incluindo os artigos onde as primeiras denominações litoestratigráficas foram efetuadas. Através de uma análise crítica comparativa da bibliografia e, baseando-se no mapeamento em 1:25.000 efetuado na região das serras do Itaberaba e da Pedra Branca, é aqui proposta a separação das supracrustais da Faixa em duas unidades litoestratigráfkas maiores, quais sejam: o Grupo Serra do ltaberaba e o Grupo São Roque. O Grupo Serra do ltaberaba é constituído pelas formações Morro da Pedra Preta, vulcano sedimentar e basal; Nhanguçu, superior e composta essencialmente por metapelitos com andaluzita ou manganesíferos com lentes subordinadas derochas.carbonáticas e calciossilicáticas; e Pirucaia, predominantemente quartzítica, que deve corresponder a litofáceis depositadas nas margens da bacia sedimentar, podendo ser cronocorrelatada a ambas formações já citadas, mais especialmente à Formação Nhanguçu. No Grupo São Roque podem ser reconhecidas as formações Piragibu, metapelítica, com poucas lentes de metaconglomerados e de metavulcânicas na sua base, Ptrapora do Bom Jesus, essencialmente vulcânica/vulcanoclástica e com biohermas ecálcio-filitos; Estrada dos Romeiros, com metapelitos e metarenitos rítmicos; e Boturuna, predominantemente metarenítica/arcoseana. A Formação Piragibu é basal nas regiões das serras do Itaberaba e da Pedra Branca e do Morro Doce e, no Sinclinório de Pirapora do Bom Jesus, a formação homônima é basal e seguida pela Formação Estrada dos Romeiros, que deve corresponder a fácies mais distais da Formação Piragibu, capeada pela Formação Boturuna.

Publicado

1995-12-01

Número

Sección

RIG050