Estudo hidroquímico-ambiental do aquífero aluvionar do baixo Jaguaribe, Itaiçaba – Ceará

Autores

  • Maria Elisângela da Silva Nobre
  • Diolande Ferreira Gomes
  • Sônia Maria Silva Vasconcelos
  • Horst Frischkorn
  • Inácio Ocinai de Lima Neto
  • Sara Karoline Ferreira
  • Daniel de Ponti Souza

DOI:

https://doi.org/10.33958/revig.v39i3.601

Palavras-chave:

Aquífero aluvionar, Isótopos, Metais, Carcinicultura.

Resumo

No interior do estado do Ceará, as águas subterrâneas são consideradas fontes importantes de abastecimento hídrico, principalmente, as provindas de aluviões. O município de Itaiçaba (CE), inserido na Bacia Hidrográfica do Baixo Jaguaribe, embora provido de água tratada, também utiliza água subterrânea para seu abastecimento. A região do baixo Jaguaribe apresenta extensas áreas agrícolas e de carcinicultura, que somadas à ausência de saneamento de esgoto municipal, podem acarretar problemas de contaminação de águas e salinização. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a qualidade das águas superficiais e subterrâneas a partir dos parâmetros físico-químicos e fornecer dados preliminares sobre a concentração de metais pesados nas águas. Para o entendimento do processo de recarga foram efetuadas medidas do isótopo δ18O e realizado o balanço hídrico. Adotou-se valores de referência para avaliar o nível de contaminação das águas estabelecidos pela legislação brasileira. Todas as amostras analisadas apresentaram algum parâmetro de qualidade de água com valor acima do permitido para águas potáveis, com destaque para a turbidez, nitrato, ferro e sólidos totais dissolvidos. Os metais Al, Ba, Mn e Ni foram detectados em todas as amostras, porém em concentrações geralmente abaixo do limite estabelecido para águas potáveis. Os valores positivos de δ18O indicaram a infiltração de água evaporada em poços na área de carcinicultura, o que pode, pontualmente, contribuir com o aporte de sais e contaminantes, juntamente com o precário sistema de saneamento. Os resultados isotópicos demonstram a entrada no aquífero aluvionar das águas da chuva e superficiais provenientes da lixiviação do solo salinizado, aumentando a condutividade elétrica. Não foi identificada a relação da salinidade com intrusão marinha na área estudada.

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Publicado

2018-12-30

Edição

Seção

Artigos