Proposta de classificação das fontes potenciais de contaminação da água subterrânea

Autores

  • Mara Akie Iritani Secretaria de Estado do Meio Ambiente/SP; Instituto Geológico
  • Denise Rossini-Penteado Secretaria de Estado do Meio Ambiente/SP; Instituto Geológico
  • Sibele Ezaki Secretaria de Estado do Meio Ambiente/SP; Instituto Geológico
  • Geraldo Hideo Oda Secretaria de Estado do Meio Ambiente/SP; Instituto Geológico

DOI:

https://doi.org/10.5935/0100-929X.20130006

Palavras-chave:

Fontes potenciais de contaminação, Sistema de classificação, Método POSH, Carga potencial de contaminação.

Resumo

Identificar as atividades que têm potencial de contaminar a água subterrânea auxilia na priorização de ações de proteção dos recursos hídricos, especialmente nas regiões com expressivo crescimento urbano e econômico. Nesse sentido, este trabalho apresenta o levantamento das fontes potenciais de contaminação nos municípios de Capivari, Elias Fausto, Indaiatuba, Monte Mor, Rafard e Salto (SP) e propõe uma classificação da carga contaminante associada, de forma a auxiliar na identificação de áreas com maior perigo de contaminação da água subterrânea. A metodologia para classificação é aqui denominada de POSH-IG e foi adaptada do consagrado método POSH (Pollutant Origin, Surcharge Hydraulically), que classifica a carga contaminante das fontes potenciais de contaminação em três níveis qualitativos (reduzido, moderado e elevado), com base na origem do contaminante e na existência de sobrecarga hidráulica que promova o transporte advectivo do contaminante ao aquífero. No método POSH-IG foram efetuadas adequações, como a inserção de parâmetros disponíveis no Sistema Paulista de Licenciamento Ambiental para a classificação da carga potencial contaminante das fontes pontuais e a integração de informações obtidas pelo mapeamento do uso e cobertura da terra, da tipologia e do padrão da ocupação para a classificação das fontes difusas, associadas aos sistemas de saneamento na área urbana e às atividades agropastoris na área rural. Além da avaliação das áreas de expansão urbana, foi também considerado como critério de classificação das fontes difusas relacionadas aos sistemas de saneamento, a densidade de ocupação das áreas de uso Residencial/Comercial/Serviços, como indicador indireto da densidade populacional. Foram cadastradas 1918 fontes pontuais de contaminação, sendo que os empreendimentos geradores de maior carga contaminante são as indústrias de produtos químicos, metalurgia, produtos metálicos, eletroeletrônicos e de engenharia mecânica, o comércio de produtos perigosos e a disposição inadequada de resíduos. A maior carga potencial de contaminação por fontes difusas nas áreas urbanas está concentrada nas porções mais antigas das cidades, onde ocorrem elevadas densidades de ocupação. A maior expressão em área ocorre nos municípios de Indaiatuba e Salto, onde houve intensa urbanização, e em Monte Mor, onde menos de 45% da cidade possui rede coletora de esgoto. Nas áreas rurais, a canavicultura, predominante nos municípios de Capivari e Rafard, destaca-se pelo elevado potencial de contaminação da água subterrânea.

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Publicado

2013-12-01

Edição

Seção

não definida