Padrões de cobertura e uso da terra e sua influência na temperatura do ar em Rio Claro, SP
DOI:
https://doi.org/10.5935/0100-929X.20150001Palavras-chave:
Cobertura e uso da terra, Temperatura do ar, Clima urbano, Rio Claro.Resumo
A modificação dos padrões de cobertura e uso da terra de um determinado lugar resulta em alterações na temperatura do ar. A partir desta premissa, este trabalho teve como objetivo analisar os gradientes de temperatura do ar entre cinco locais com diferentes padrões de cobertura e uso da terra, situados na Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade (FEENA), Rio Claro (SP), e na área urbana do mesmo município. A temperatura do ar foi amostrada a cada 30 min por meio de registradores digitais autônomos, entre setembro de 2010 e agosto de 2011 em cinco padrões de ocupação da terra: 1) floresta de árvores nativas, 2) reflorestamento de eucalipto com sub-bosque de árvores nativas, 3) reflorestamento de eucalipto, 4) áreaurbana mista industrial, comercial e residencial, 5) área urbana residencial e comercial. Com os dados consistidos foram realizadas análises estatísticas de posição, dispersão, regressão/correlação e de séries temporais. Estes resultados foram organizados em tabelas, gráficos e diagramas temporo-espaciais para revelar a estrutura térmica e suas relações com os padrões de cobertura e uso da terra. Os padrões de ocupação com características urbanas apresentam maior diferença térmica em relação à floresta de árvores nativas, com desvios médios de 1,7 ºC no outono e primavera, e de 2,0 ºC no verão e inverno. A baixa variação altimétrica entre os postos da FEENA foi suficiente para mascarar em vários casos a influência das diferenças de vegetação, indicando que o efeito topoclimático se sobrepôs ao microclimático sob determinados tipos de tempo. Na área urbana o efeito topoclimático não foi suficientemente forte para atenuar a influência da mudança da cobertura e uso da terra e da energia dissipada pela dinâmica urbana. Essa influência pôde ser percebida pelas diferenças nas amplitudes térmicas, desvios em relação à temperatura da floresta de árvores nativas e pela modificação do ritmo térmico relacionada à dissipação de calor proveniente das atividades humanas (ciclo de sete dias).Downloads
Publicado
2015-06-01
Edição
Seção
não definida
Licença
Política de Acesso Livre:
A Revista do IG oferece acesso livre ao seu conteúdo. Toda a coleção da Revista é disponibilizada de forma gratuita em https://revistaig.emnuvens.com.br/rig e no Portal de Periódicos Eletrônicos em Geociências – PPeGeo (http://ppegeo.igc.usp.br), resultado de parceria entre a Sociedade Brasileira de Geologia e o Serviço de Biblioteca e Documentação do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo.