CANAL DE PEREIRA BARRETO: LOCAL DE TRANSIÇÃO ENTRE OS ARENITOS CAIUÁ, SANTO ANASTÁCIO E ADAMANTINA
DOI:
https://doi.org/10.33958/revig.v5i1-2.658Resumo
Na região Noroeste do Estado de São Paulo, encontra-se em construção o Canal de Pereira Barreto, que ligará os reservatórios das Usinas Hidroelétricas de Ilha Solteira (Rio Paraná) e Três Irmãos (Rio Tietê), esta, ainda em fase de obras. Este canal corta arenitos cretácicos, cujas caracteristicas de campo, observáveis em afloramentos da parte escavada até meados de 19R4, permitem atribuí-Ios principalmente à Formação Santo Anastácio. São seguidos, com menor expressão, de arenitos das formações Caiuá e Adamantina, todos pertencentes ao Grupo Bauru, de idade cretácica. Eles se apresentam encimados por espessuras variáveis de manto de intemperismo, aqui denominados de solos residuais, que resultam do intemperísmo dos arenitos e representam um evento pós-cretácico. Além disso, estão também presentes sedimentos cohiviais seguidos de aluviais, que devem ser de idade cenozóica. As análises granulométricas dos sedimentos vieram confirmar não somente a presença das unidades litológicas reconhecidas no campo, bem como os seus paleoambientes deposicionais essencialmente fluviais. A transição entre as unidades cretácicas parece ser gradual e provavelmente interdigitada, como têm sído admitida por diversos autores. Deste modo, os seus limites poderiam ser traçados somente de maneira mais ou menos arbitrária. As camadas lenticulares de calcrete e os tipos de argilo-minerais presentes na Formação Santo Anastácio, quando analisados no contexto geológico em que se acham inseridos, ensejam a interpretação do paleoclima reinante durante a sua sedimentação, como quente e seco (semi-árido).
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Política de Acesso Livre:
A Revista do IG oferece acesso livre ao seu conteúdo. Toda a coleção da Revista é disponibilizada de forma gratuita em https://revistaig.emnuvens.com.br/rig e no Portal de Periódicos Eletrônicos em Geociências – PPeGeo (http://ppegeo.igc.usp.br), resultado de parceria entre a Sociedade Brasileira de Geologia e o Serviço de Biblioteca e Documentação do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo.