Antropoceno e mudanças geomorfológicas: sistemas fluviais no processo centenário de urbanização de São Paulo
DOI:
https://doi.org/10.33958/revig.v40i1.631Palavras-chave:
Antropogeomorfologia, Antropoceno, Sistemas fluviais urbanosResumo
Este artigo reúne resultados de pesquisas nas quais a abordagem da Antropogeomorfologia, a Geomorfologia do Antropoceno, foi aplicada, testada e desenvolvida, buscando identificar e dimensionar mudanças geomorfológicas ocorridas no processo centenário de urbanização da região metropolitana de São Paulo. Foram especialmente considerados intervalos históricos de aproximadamente um século ou menos, sistemas fluviais e flúvio-lacustres e geoindicadores, obtidos por estudos de caso, com diferentes recortes geográficos e escalas espaço-temporais. Por meio da metodologia utilizada comprovou-se a possibilidade de identificação de mudanças quanto à sua origem, se antrópica ou não, ou de origem complexa, assim como a possibilidade de mensuração de sua magnitude. A maior parte das mudanças observadas, sejam morfológicas, sedimentares, erosivas ou de balanços e taxas de processos, foram consideradas de alta magnitude para intervalos decadais ou centenários. Em sistemas preservados, mudanças deste tipo tendem a ocorrer em milhares ou centenas de milhares de anos. A magnitude das mudanças geomorfológicas observadas ajuda a caracterizar a necessidade de ampliação e de consideração dos estudos de Ciências da Terra nas atuais discussões sobre o Antropoceno, bem como na direção de uma participação efetiva dessa área do conhecimento no ordenamento do território e na busca de parâmetros para ampliação da resiliência dos sistemas físicos da superfície terrestre.
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