Formação de novos biomas em terrenos tecnogênicos: estudo de caso de área de expansão urbana em Guarulhos (SP)
DOI:
https://doi.org/10.33958/revig.v40i1.628Palavras-chave:
Tecnobiomas, Evolução pós-tecnogênica da paisagem, Sistema tecnogênico de urbanizaçãoResumo
Este trabalho estuda a evolução pós-tecnogênica da paisagem (processos geomorfológicos e formação de biomas antropogênicos) em uma área de expansão urbana no município de Guarulhos (SP), denominada Parque Continental II. O processo de formação dos terrenos antropogênicos da área, ocorrido na década de 1990, estudado anteriormente por outros pesquisadores (assim como sua cobertura vegetal), insere-se num sistema tecnogênico de urbanização periférica que implicou processos de degradação (escavação) e agradação (aterramento e sedimentação induzida correlativa à erosão acelerada). A particularidade do caso estudado consiste em que o processo de urbanização propriamente dito (loteamento) não foi implementado, tendo os terrenos evoluído sem intervenções significativas após os distúrbios iniciais. Foram revisados e atualizados o mapeamento e a classificação desses terrenos artificiais, caracterizados os processos de evolução geomorfológica e verificadas as particularidades dos fenômenos de sucessão ecológica, de forma a caracterizar um sistema de sucessão tecnogênica, ou seja, um conjunto de comunidades ecológicas desenvolvidas em uma paisagem fortemente impactada pela agência geológica humana. Em função da relação entre tais comunidades (ou subsistemas de sucessão tecnogênica) e as características do substrato tecnogênico, foram classificadas e mapeadas áreas de tecnobiomas (ecossistemas formados por associações de espécies e novos substratos derivados da transformação da paisagem). Considera-se, em decorrência, a conveniência da preservação de tal área de diversidade tecnogênica e ecológica.
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