Estudo hidroquímico do Aquífero Barreiras no Município de Eusébio, Ceará

Autores

  • Rafael Mota de Oliveira
  • Itabaraci Nazareno Cavalcante
  • Karen Vendramini de Araújo
  • Renata Nayara Câmara Miranda Silveira
  • Filipe da Silva Peixoto
  • Inacio Ocinai de Lima Neto

DOI:

https://doi.org/10.5935/0100-929X.20170007

Palavras-chave:

Água subterrânea, Potabilidade, Hidrogeologia, Hidroquímica, Aquífero Barreiras

Resumo

Aflorante em aproximadamente 66% do município de Eusébio, no Estado do Ceará, o Aquífero Barreiras vem sendo bastante comprometido em termos qualitativos em virtude da crescente demanda decorrente da rápida expansão imobiliária aliada à falta de investimentos em saneamento básico e poços construídos de forma irregular. Para avaliar a qualidade das águas subterrâneas, foram realizadas 107 medidas in situ de pH, sólidos totais dissolvidos (STD) e condutividade elétrica (CE) e coleta de 20 amostras de água subterrânea para a realização de análises físico-químicas e bacteriológicas em laboratório, sendo os resultados obtidos, comparados com a Portaria Nº 2.914 de 12 de dezembro de  2011, que dispõe sobre os padrões de potabilidade para o consumo humano. Observou-se que as águas subterrâneas analisadas apresentam valor médio de pH de 7,0, com alguns poços (21) fora dos padrões de potabilidade. Já os parâmetros de turbidez, dureza, concentrações de ferro, fluoreto, sulfato, nitrito e nitrato encontram-se dentro dos padrões de potabilidade, com algumas concentrações de cloreto (4 amostras) e sódio (5 amostras) acima dos padrões. Com relação à qualidade microbiológica das águas, verificou que 65% das amostras apresentam coliformes totais, indicando uma contaminação oriunda de esgoto doméstico. Na classificação iônica, observou-se que, em relação aos ânions, ocorre a predominância de águas cloretadas (45%), seguidas das sulfatadas (40%) e águas mistas (15%), enquanto para os cátions as águas são classificadas como sódicas. De acordo com o diagrama do U.S Salinity Laboratory, as águas analisadas apresentam riscos quanto a salinidade que variam de médio a alto (CE de 250 a 2.250 μS cm-1 à 25 ºC), e, em relação ao sódio, apresentam riscos que variam de médio a muito forte (RAS – Razão de Adsorção de Sódio de 10 a 30).

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Publicado

2017-12-30

Edição

Seção

Artigos