Análise estrutural de florestas de restinga associadas a depósitos marinhos pleistocênicos e holocênicos na Bacia do Rio Itaguaré, Bertioga (SP)

Autores

  • Felipe de Araújo PINTO SOBRINHO Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas; Departamento de Geografia Física
  • Celia Regina de Gouveia SOUZA Instituto Geológico; Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo
  • Jaime E. de J. Badel MOGOLLÓN Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas; Departamento de Geografia Física

DOI:

https://doi.org/10.5935/0100-929X.20110003

Palavras-chave:

Estrutura florestal, Restinga, Depósitos marinhos quaternários, Fertilidade de solos, Variação espacial.

Resumo

As relações entre as fitofisionomias de vegetação de Restinga e o substrato sedimentar presentes nas planícies costeiras brasileiras ainda são pouco conhecidas. Este trabalho apresenta os aspectos estruturais do componente arbóreo de dois tipos de florestas de Restinga (Floresta baixa - FbR e Floresta alta - FaR) associadas a três depósitos marinhos quaternários de diferentes gerações, presentes na planície costeira da bacia do Rio Itaguaré, em Bertioga (SP), e descreve as variações espaciais nos teores de alguns elementos químicos do solo, associados a esses remanescentes florestais. Para o estudo da vegetação foi empregado o método de parcelas, que estabelece a análise de todos os indivíduos com DAP (diâmetro à altura do peito) ≥ 10 cm. Os parâmetros levantados foram densidade, área basal e altura dos indivíduos. Os resultados mostraram que a FbR apresenta as menores amplitudes diamétricas e alturas dos indivíduos arbóreos e menor dispersão das alturas quando correlacionadas com o diâmetro (relação alométrica entre altura e DAP). Na FaR foi possível identificar variações na estrutura em função da idade do depósito marinho, do quimismo e da evolução dos solos associados, de forma que a floresta se apresenta melhor desenvolvida nos depósitos mais antigos, além de mostrar a maior correlação positiva para a relação alométrica. Percebe-se também a importância da camada orgânica depositada sobre o solo para o equilíbrio da dinâmica da ciclagem dos nutrientes disponibilizados para as plantas. De acordo com os parâmetros da legislação ambiental vigente as fitofisionomias estudadas encontram-se em estágio avançado de regeneração (FbR) e em estado primário ou nativo (FaR).

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Publicado

2011-01-01

Edição

Seção

não definida