Megamorfologia e morfoestrutura do Planalto de Borborema

Autores

  • Antonio Carlos de Barros CORRÊA Universidade Federal de Pernambuco; Departamento de Ciências Geográficas; Centro de Filosofia e Ciências Humanas; Laboratório de Geografia Física Aplicada
  • Bruno de Azevêdo Cavalcanti TAVARES Universidade Federal de Pernambuco; Departamento de Ciências Geográficas; Centro de Filosofia e Ciências Humanas; Laboratório de Geografia Física Aplicada
  • Kleython de Araújo MONTEIRO Universidade Federal de Pernambuco; Departamento de Ciências Geográficas; Centro de Filosofia e Ciências Humanas; Laboratório de Geografia Física Aplicada
  • Lucas Costa de Souza CAVALCANTI Universidade Federal de Pernambuco; Departamento de Ciências Geográficas; Centro de Filosofia e Ciências Humanas; Laboratório de Geografia Física Aplicada
  • Daniel Rodrigues de LIRA Universidade Federal de Pernambuco; Departamento de Ciências Geográficas; Centro de Filosofia e Ciências Humanas; Laboratório de Geografia Física Aplicada

DOI:

https://doi.org/10.5935/0100-929X.20100003

Palavras-chave:

Megageomorfologia, Morfoestrutura, Planalto da Borborema, Nordeste do Brasil.

Resumo

A abordagem morfoestrutural do relevo pode ser definida em diversas escalas levando em consideração aspectos variados da morfogênese. Nesse sentido, este trabalho procura enfatizar a importância dos componentes endógenos sobre a morfogênese da principal unidade do relevo nordestino brasileiro, o Planalto da Borborema. O enfoque morfoestrutural utilizado buscou reconstituir a influência dos mecanismos endógenos atuantes sobre a hierarquização regional dos compartimentos do relevo. A partir dos dados integrados da revisão da literatura, juntamente com o cruzamento em meio digital do mapa geológico com o modelo digital de elevação, acrescido de transectos topográficos, foi possível estabelecer um modelo conceitual para a compartimentação morfoestrutural do Planalto da Borborema, a partir do qual se postulou a divisão do planalto em oito sub-compartimentos morfoestruturais distintos. A partir da compartimentação do planalto o papel dos controles estrutural e litológico foi destacado por meio da elaboração de perfis topográficos que permitiram uma melhor interpretação de cada compartimento e seus elementos definidores. O Planalto da Borborema corresponde ao conjunto de terras altas contínuas que se distribuem ao longo da fachada do Nordeste oriental do Brasil, ao norte do rio São Francisco, acima da cota de 200 metros, cujos limites são marcados por uma série de desnivelamentos topográficos, cuja gênese epirogênica está ligada ao desmantelamento de Gondwana e ao magmatismo intraplaca atuante ao longo do Cenozóico. Do ponto de vista metodológico, a identificação de três níveis hierárquicos de compartimentos morfoestruturais, a saber, o macrodomo correspondente à Província Borborema incluindo suas bacias fanerozóicas, o planalto stricto sensu e seus compartimentos, coloca em dúvida a validade de alguns dos modelos clássicos de taxonomia das formas de relevo, que atribuem apenas um nível categórico para as unidades morfoestruturais supracitadas.

Downloads

Publicado

2010-01-01

Edição

Seção

não definida