A expansão urbana no planalto de Campos do Jordão: diagnóstico geomorfológico para fins de planejamento

Autores

  • May Christine Modenesi-Gauttieri Instituto Geológico; Secretaria do Meio Ambiente
  • Silvio Takashi Hiruma Instituto Geológico; Secretaria do Meio Ambiente

DOI:

https://doi.org/10.5935/0100-929X.20040001

Palavras-chave:

Diagnóstico geomorfológico, Uso do solo, Expansão urbana, Altos campos, Planalto tropical, Campos do Jordão.

Resumo

Parte do bloco principal da serra da Mantiqueira, o planalto de Campos do Jordão sofreu nas últimas décadas o impacto de uma expansão urbana contínua e desordenada, que aumentou as condições naturais de instabilidade próprias do planalto. A evolução quaternária sob climas de altitude deu origem ao sistema de paisagem atual, o geossistema dos altos campos, caracterizado por estrutura em equilíbrio precário, extremamente vulnerável ao uso inadequado do solo e a riscos ambientais urbanos. Num relevo acentuado como o do planalto, com encostas íngremes, o conhecimento das características geomorfológicas do sítio urbano é da maior importância para planejamento do desenvolvimento urbano e de interferências deliberadas no espaço natural. O mapeamento da evolução urbana (1973, 1982, 2000) evidencia de forma nítida a intensificação do crescimento urbano nas últimas décadas e seus efeitos na descaracterização do mosaico original da vegetação. Mapeamento geomorfológico de detalhe (1:8000) foi realizado por amostragem em três áreas do vale do Capivari/Sapucaí-Guaçu, com base em trabalhos de campo e interpretação de fotos aéreas e imagens de satélite. Os compartimentos identificados anteriormente nos altos campos do planalto, como unidades dinâmicas da paisagem, caracterizadas por formas, materiais, solos, vegetação e processos próprios, constituíram a base do diagnóstico geomorfológico. Dez unidades diagnóstico foram definidas, cada uma com aptidões específicas quanto aos riscos associados ao desenvolvimento urbano. Essas unidades foram finalmente agrupadas em três classes, de acordo com a vulnerabilidade aos processos erosivos e adequação à ocupação.

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Publicado

2004-12-01

Edição

Seção

não definida