Composição química da água de chuva em Rio Claro (SP)
DOI:
https://doi.org/10.5935/0100-929X.20160008Palavras-chave:
Composição química da chuva, Poluição atmosférica, Rio Claro, Polo cerâmicoResumo
O presente trabalho avaliou a composição química da água de chuva na cidade de Rio Claro (SP), a partir de amostras compostas semanais. A coleta dessas amostras foi realizada entre os meses de fevereiro de 2013 a fevereiro de 2014 nas dependências do Centro de Estudos Ambientais (CEA) da UNESP/Rio Claro. A avaliação dos dados incluiu a análise estatística das concentrações dos cátions e ânions, por meio da elaboração da matriz de correlação de Pearson, análise de componentes principais e da média ponderada pelo volume da precipitação. O modelo de transporte de partículas na atmosfera HYSPLIT foi aplicado com o objetivo de identificar as principais trajetórias de massas de ar para as chuvas que atingiram a região de Rio Claro no período e a possível interação da superfície dessa área com a atmosfera. Os resultados indicam que a água de chuva pode ser classificada como levemente ácida (pH entre 4,75 e 6,81) e com baixa condutividade elétrica, dentro dos valores esperados para águas de chuvas (entre 4,12 e 29,30 μS cm-1). A sua composição química deve-se à incorporação de elementos provenientes de duas fontes: natural e antropogênica. O HCO3 - presente na água de chuva tem origem no CO2 atmosférico, associado à respiração vegetal e às emissões industriais e veiculares. Os íons Ca2+, Mg2+, Mn2+ e K+ tem sua origem diretamente relacionada às rochas e solos da região, emitidos principalmente devido às atividades do polo cerâmico existente no entorno da cidade de Rio Claro, enquanto os compostos NH4+, NO3- e Pb2+ podem ser associados a emissões industriais e veiculares. Apesar da origem múltipla dos elementos presentes na água da chuva, compostos associados a fontes naturais representam cerca de 40% de sua composição.
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