Silicificação hidrotermal neocretácea na Porção Meridional da Bacia Bauru

Autores

  • Luiz Alberto Fernandes Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo
  • Armando Márcio Coimbra Universidade de São Paulo; Instituto de Geociências
  • Max Brandt Neto Universidade Estadual Paulista; IBILCE; Depto. de Química e Geociências

DOI:

https://doi.org/10.5935/0100-929X.19930007

Resumo

Os grupos Caiuá e Bauru constituem seqüência sedimentar única acumulada na Bacia Bauru, durante o Cretáceo Superior. Compõem-se de rochas siliciclásticas de origem continental, com algumas intercalações vulcânicas alcalinas. Em estudos desenvolvidos na Região Noroeste do Paraná e Extremo-Oeste do Estado de São Paulo, em áreas de exposição dos grupos Caiuá e Bauru, foram cadastradas várias ocorrências de arenitos silicificados. As mais expressivas, alinhadas segundo a direção NE, concentram-se na zona de seu cruzamento com estruturas NW, no prolongamento noroeste do Arco de Ponta Grossa. A silicificação observada tem caráter pontual e afeta, simultaneamente, unidades litoestratigráficas distintas. Caracteriza-se por revestir e preencher espaços intergranulares do arcabouço com sílica de diferentes texturas, em contextos diagenéticos distintos. As características e a distribuição peculiar das ocorrências de rochas silicificadas, assim como a presença de palygorskita em basaltos sotopostos e carbonato-fluorapatita em arenitos do Grupo Caiuá, sugerem processos de natureza hidrotermal (percolação de fluidos silicosos), provavelmente relacionados com o magmatismo alcalino neocretáceo, e finalizados com a silicificação, no fechamento da sedimentação na Bacia Bauru

Downloads

Publicado

1993-12-01

Edição

Seção

não definida