Palinologia de sedimentos da Bacia de São Paulo, Terciário do Estado de São Paulo, Brasil

Autores

  • Murilo Rodolfo de Lima Universidade de São Paulo; Instituto de Geociências
  • Mário Sérgio de Melo Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo
  • Armando Márcio Coimbra Universidade de São Paulo; Instituto de Geociências

DOI:

https://doi.org/10.5935/0100-929X.19910001

Resumo

Os depósitos terciários da Bacia de São Paulo, que abrangem sedimentos referidos às formações São Paulo e Itaquaquecetuba, mais recentemente têm sido reinterpretados como um conjunto sedimentar paleogeno que inclui sistema basal de leques aluviais e canais entrelaçados, sistema lacustre (em parte sincrônico com os anteriores) e sistema fluvial meandrante de topo. A interpretação da Formação Itaquaquecetuba (sistema fluvial entrelaçado) tem sido controvertida, sendo ora considerada como pertencente aos depósitos basais, ora como produto de reativação tectônica e remanejamento de sedimentos no Neogeno ou mesmo Quaternário. O presente estudo compreendeu a análise palinológica de sedimentos provenientes não só dos depósitos de leques aluviais e do sistema lacustre (atribuídos à Formação São Paulo) como também do sistema de canais entrelaçados (atribuídos à Formação Itaquaquecetuba). As palinofloras encontradas, com vários taxa de valor estratigráfico e paleoclimático, são bastante homogêneas nas várias amostras, sugerindo idades e paleoclimas muito próximos. A dominância de taxa oligocenos, ao lado de uns poucos tidos como eocenos ou mais antigos, sugere duas hipóteses: 1) possível remanejamento de sedimentos eocenos no Oligoceno; 2) os taxa considerados como eocenos teriam tido, na realidade, distribuição até o Oligoceno, o que implicaria a necessidade de correção do seu intervalo de distribuição. A relativa abundância de taxa indicativos de clima mais frio (coníferas), ao lado da escassez daqueles mais típicos de clima quente e úmido, sugere vigência de clima relativamente frio durante a sedimentação. Entretanto, não foi possível precisar o efeito das diferenciações florísticas de altitude na assembléia polínica preservada

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Publicado

1991-12-01

Edição

Seção

não definida