Dispersão e acumulação do cobre nos produtos do intemperismo de depósitos cupríferos do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.5935/0100-929X.19900010Resumo
O estudo geoquímico e mineralógico da alteração supérgena de três zonas cupríferas (Chapada Grande - Goiás; Salobo 3A - Pará e Santa Blandina - São Paulo) permitiu caracterizar o comportamento do cobre nos perfis de alteração desenvolvidos em zonas lateríticas. Este estudo mostrou que a mobilidade ou fixação do cobre depende, essencialmente, da natureza e da quantidade das fases supérgenas neoformadas e da natureza das soluções de alteração. Em Chapada Grande, a goethita é a principal fase fixadora de cobre no manto de intemperismo e as soluções percolantes são pobres em cobre. Assim, como a goethita é pouco abundante no perfil e como sua capacidade de fixar cobre é limitada, este elemento é quase que totalmente lixiviado da zona de alteração. Em Salobo 3A, são as vermiculitas, os interestratificados biotita-vermiculita e as goethitas que constituem as principais fases fixadoras de cobre mostrando que as soluções percolantes são ligeiramente mais ricas neste elemento. Nessas condições, levando-se em conta o alto poder de fixação dos filossilicatos e os teores elevados de goethita no perfil, o essencial do estoque de cobre do minério primário é conservado no manto de alteração. Em Santa Blandina, condições particulares promovem a formação, na base dos perfis, de silicatos específicos de Cu (crisocola) a partir da existência de soluções muito ricas em cobre. Neste contexto o cobre se acumula na base do manto de intemperismo.Downloads
Publicado
1990-12-01
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não definida
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