Poluição do ar na megacidade de São Paulo: tendência de longo prazo e função distribuição de probabilidade
DOI:
https://doi.org/10.69469/derb.v45.816Palavras-chave:
Qualidade do ar, Material particulado, Ozônio troposférico, São Paulo, Distribuição lognormal de probabilidade, Distribuição gamma de probabilidadeResumo
A qualidade do ar tem melhorado em muitas cidades do mundo, devido a políticas de controle de emissão de poluentes atmosféricos. Estratégias de mitigação têm sido bem sucedidas para reduzir a concentração de poluentes primários como o material particulado inalável (MP10), mas o controle de poluentes secundários como o ozônio (O3) continua sendo um desafio em megacidades como a região metropolitana de São Paulo (RMSP), no Brasil. Para desenvolver estratégias efetivas de mitigação, é fundamental caracterizar estatisticamente as concentrações de poluentes e sua evolução temporal. Funções de densidade de probabilidade (PDF) são úteis para representar a variabilidade das condições de qualidade do ar, fornecendo estimativas para a probabilidade de ocorrência de episódios extremos de poluição do ar e de ultrapassagem de padrões. Este trabalho tem por objetivo caracterizar as distribuições de concentração de MP10 e O3 na RMSP. Para isso, dados de máxima diária da média móvel de concentração foram analisados entre 2000 e 2023, caracterizando tendências de longo prazo e a frequência de ultrapassagem de padrões de qualidade do ar. As concentrações de MP10 seguiram uma PDF lognormal com valor esperado de 31 ± 15 µg.m-3. Já as concentrações de O3 foram descritas por uma distribuição Gamma, com valor esperado de 68 ± 25 µg.m-3. Uma tendência consistente de diminuição foi observada para o MP10 (-1,04 ± 0,09 µg.m-3.ano-1), enquanto o O3 mostrou uma tendência de aumento de 0,51 ± 0,04 µg.m-3.ano-1 no verão. Nos últimos anos (2021-2023), a probabilidade de ultrapassagem dos padrões da Organização Mundial da Saúde foi de 17,4 e 11,0%, respectivamente para MP10 e O3. Em 2020, foi observado um aumento estatisticamente significativo nos valores esperados de O3, possivelmente associado com mudanças no padrão de emissão de precursores devido a restrições impostas no início da pandemia de COVID-19.
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Copyright (c) 2024 Matheus Soares Dário, Denise Gomes Novais, Theotônio Pauliquevis, Luciana Varanda Rizzo
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