Vulnerabilidade à salinização por intrusão marinha em aquífero costeiro do Estado do Ceará
DOI:
https://doi.org/10.14295/derb.v44.794Palavras-chave:
GALDIT; Cunha salina; Salinidade; Aquífero Dunas/BarreirasResumo
Os aquíferos costeiros constituem importante fonte de abastecimento de água para o estado do Ceará, sobretudo na época de estiagem, quando os reservatórios superficiais não apresentam a totalidade de seus volumes. Assim, esses aquíferos são frequentemente afetados pelo problema de intrusão marinha induzida pela explotação inadequada. O presente estudo foi desenvolvido com o objetivo de identificar o grau de vulnerabilidade à salinização por intrusão marinha para o sistema aquífero costeiro Dunas/Barreiras no município de Icapuí, Ceará, bem como avaliar a qualidade das águas subterrâneas com base nos parâmetros associados à salinização, tendo em vista a sua importância para a região, por constituir a principal fonte de abastecimento de água. Para tanto foi aplicada a metodologia GALDIT, que utiliza indicadores mapeáveis, representados pelo tipo de aquífero, condutividade hidráulica, altura da superfície potenciométrica, distância dos poços em relação à costa, razão rCl-/rHCO3- e espessura saturada, para quantificar e classificar a vulnerabilidade de aquíferos costeiros à intrusão da água do mar. Os resultados indicaram áreas com vulnerabilidade média e alta à salinização no sistema aquífero, definidas, principalmente, pela distância dos poços em relação à costa, altura da superfície potenciométrica e razão rCl-/rHCO3-. A qualidade das águas subterrâneas encontra-se comprometida, em relação à concentração de sais, em mais de 60% das amostras analisadas, porém, essa salinização está, provavelmente, mais relacionada aos aerossóis marinhos e/ou à infiltração de águas salobras de lagoas costeiras do que à mistura de águas subterrâneas marinhas e continentais promovida pela intrusão salina. Entretanto, a vulnerabilidade do sistema aquífero Dunas/Barreiras na área requer maior atenção em relação a gestão dos recursos hídricos, visto que modificações na demanda atual, com consequente aumento na explotação, podem acarretar no avanço da cunha salina em direção ao continente.
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