Supersequência Bauru (Cretáceo da Bacia do Paraná): Revisão estratigráfica com base em dados paleontológicos recentes
DOI:
https://doi.org/10.14295/derb.v44.800Palabras clave:
Litoestratigrafia; Cronoestratigrafia; Bioestratigrafia; Cretáceo; BrasilResumen
A Supersequência Bauru (SB), com cerca de 300 m no depocentro principal, refere-se ao pacote sedimentar continental cretáceo da Bacia do Paraná, incluindo os grupos Caiuá e Bauru. Estudos de superfície e de subsuperfície subdividiram a SB em várias unidades litoestratigráficas, mas seu arcabouço estratigráfico permanece instável, havendo, ademais, precária ponte entre a litoestratigrafia e a biocronologia, que é marcada por conflitos decorrentes de divergências taxonômicas. Discutimos este problema à luz de recentes dados palinológicos amarrados à bioestratigrafia aplicada ao Cretáceo das bacias costeiras do Brasil e de outras informações paleontológicas. O Grupo Caiuá é aqui atribuído ao Aptiano–Albiano. O Grupo Bauru, que tem na sua base sedimentos fluviais da Formação Santo Anastácio (Coniaciano?), apresenta em seu corpo lítico principal as formações Adamantina, Araçatuba, Uberaba, São Carlos, Itaqueri, Marília e Serra da Galga. Neste corpo, estudos palinológicos identificaram sedimentos neossantonianos e eocampanianos, respectivamente nas formações São Carlos e Araçatuba; a micropaleontologia de carófitas e ostracodes indicaram estratos maastrichtianos (neomaastrichtianos?) na Formação Serra da Galga. A combinação de tais datações com o arranjo estratigráfico-espacial das unidades permite-nos inferir uma idade neossantoniana–eocampaniana para as formações Adamantina e Uberaba e maastrichtiana para as formações Marília e Serra da Galga. Não se descarta que estratos santonianos mais velhos, ou mesmo pré-santonianos, componham as formações Adamantina/Araçatuba. A Formação Itaqueri, seguramente pós-santoniana, é tentativamente vinculada ao intervalo Campaniano inferior–médio. Cinco discordâncias erosivas, delimitando quatro sequências, associam-se à SB: a superfície da base, Pré-Caiuá, e os topos do Grupo Caiuá e das formações Santo Anastácio, Adamantina/Uberaba/Itaqueri e Marília/Serra da Galga. As lacunas temporais entre essas unidades são incertas pela imprecisão na datação do Santo Anastácio. O hiato máximo pré-Marília/Serra da Galga envolveria o intervalo Mesocampaniano a Eomaastrichtiano.
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