Suscetibilidade de ruptura de taludes por fraturas: uma abordagem a partir de lineamentos morfoestruturais e da análise estrutural rúptil
DOI:
https://doi.org/10.69469/derb.v46.848Palavras-chave:
Suscetibilidade, Movimentos de massa, Gestão de riscos de desastres naturais, Lineamentos morfoestruturais, Análise estrutural rúptil, Obras lineares, Rupturas de taludesResumo
O artigo aborda a avaliação da suscetibilidade de rupturas de taludes por fraturas, utilizando lineamentos morfoestruturais e análise estrutural rúptil. O estudo foi realizado nas rodovias SP-98 e SP-55, no Litoral Norte do Estado de São Paulo, que apresentam alta suscetibilidade a rupturas devido ao relevo acidentado e altos índices de pluviosidade. O objetivo principal foi analisar como as descontinuidades dos maciços rochosos afetam a estabilidade dos taludes nessas rodovias a partir de estudos de macroescala, a partir da correlação de dados de fraturas com lineamentos morfoestruturais em ambiente SIG. Os dados foram coletados de diversas fontes, incluindo modelos digitais de elevação (MDE), mapas de isobases, dados de fraturas obtidos da literatura e em levantamentos de campo. A análise foi realizada em ambiente de Sistema de Informações Geográficas (SIG), no qual a direção e o mergulho das descontinuidades são analisados de maneira regional, e não localmente. A análise de rupturas parte da relação da orientação das descontinuidades com os taludes de corte representados pelo traçado da rodovia, de modo a se avaliar rupturas planares, em cunha e tombamentos de blocos. Os mapas de suscetibilidade apresentaram altos índices de acerto, com melhores resultados para a resolução espacial de 750 m, alcançando 82,9,1% na SP-98 e 92,2% na SP-55. Conclui-se que a análise combinada de lineamentos morfoestruturais e tectônica rúptil é eficaz na avaliação de rupturas em taludes, classificando maciços rochosos e solos de alteração que preservam descontinuidades preexistentes. Dessa forma, o método proposto pode auxiliar na compreensão de processos relevantes nas análises da suscetibilidade a escorregamentos na escala de semidetalhe, casos nos quais a presença de descontinuidades vem sendo pouco considerada na maior parte dos trabalhos desta natureza.
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