A cartografia geomorfológica pré-urbana e antropogênica da planície do rio Pinheiros, São Paulo (SP)
DOI:
https://doi.org/10.69469/derb.v45.834Palavras-chave:
Geomorfologia Urbana, Antropoceno, Geomorfologia FluvialResumo
O artigo apresenta uma análise comparativa baseada em mapas das geomorfologias antropogênica e pré-urbana da planície fluvial do rio Pinheiros na cidade de São Paulo. O entendimento das condições pré-urbanas e antrópicas do sistema fluvial foi realizado por meio da abordagem histórica e da cartografia geomorfológica, que permite a análise retrospectiva e evolutiva do sistema ao longo da urbanização. A análise cartográfica foi realizada a partir da produção de cartas geomorfológicas na escala de 1:25.000, elaboradas majoritariamente por meio da restituição estereoscópica de aerofotografias da década de 1930 e levantamentos de campo, com auxílio de bases cartográficas antigas e atuais. Os mapas revelaram tanto a evolução geológica e geomorfológica quanto as modificações antrópicas, bem como a magnitude e as consequências da urbanização no sistema. As mudanças geomorfológicas decorrentes da urbanização foram classificadas como instantâneas (100 a 102 anos), comparáveis somente a eventos naturais extremos e de alta magnitude ou a eventos milenares (103 a 104 anos). Além disso, a urbanização da planície fluvial do Rio Pinheiros resultou em um sistema hidromorfológico com praticamente nenhum remanescente da planície de inundação original que possa ser utilizado como terreno para retardar ou deter as inundações de pico. O caso do Pinheiros mostra como intervenções urbanísticas pontuais e baseadas na implantação de medidas estruturais de engenharia, muitas vezes não consideram a resposta complexa que os fenômenos geomorfológicos podem apresentar quando limiares são rompidos.
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